Nos meses de novembro e dezembro, pecuaristas enfrentam em um dos períodos mais estratégicos do ano para definir o futuro produtivo do rebanho. É nesta fase que se consolidam decisões fundamentais sobre reprodução, manejo sanitário e combate a parasitas. Para Marco Maratte, médico veterinário e consultor da Cocari, a eficiência do próximo ciclo depende diretamente das ações tomadas agora.
IATF – tecnologia que transforma resultados
A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) segue como uma das ferramentas mais importantes para impulsionar a produtividade dos rebanhos. De acordo com Maratte, a técnica permite maior previsibilidade dos partos, melhor manejo e incremento direto na rentabilidade. “A IATF é essencial para quem busca maior controle e eficiência no sistema de produção. Ela torna possível concentrar parições, melhorar o manejo nutricional e aumentar o peso dos bezerros ao desmame, o que se reflete na renda do produtor”, destaca o veterinário.
Segundo ele, o mês de novembro é especialmente estratégico para algumas regiões. “Os animais que concebem neste período irão parir no final da seca, uma época perfeita, com baixa umidade e menor incidência de parasitas, que hoje representam um dos maiores desafios da pecuária”, explica.
Essa época de parição favorece o desenvolvimento dos bezerros. “Quando o bezerro passa a demandar mais leite, os pastos já estarão verdes e nutritivos. Isso garante melhor desempenho da vaca e um bezerro mais pesado na desmama”, comenta.
Período decisivo para a sanidade do rebanho
Além do planejamento reprodutivo, o período também é determinante para reforçar o calendário sanitário. A combinação de calor e chuvas favorece a proliferação de parasitas – como vermes, carrapatos, bernes e moscas – exigindo atenção redobrada. “Esses meses são críticos porque o ambiente fica perfeito para multiplicação dos parasitas. Se o produtor não agir de forma estratégica, o rebanho pode sofrer perdas significativas de desempenho”, alerta Maratte.
A recomendação é adotar protocolos preventivos. “Indicamos o uso de fármacos para interromper o ciclo dos parasitas, evitando que eles se multipliquem. Mas isso sempre deve ser feito com orientação de um médico veterinário capacitado, para garantir resultados e segurança ao rebanho”, orienta.
Gestão integrada para um ciclo mais produtivo
Planejamento reprodutivo, nutrição, controle parasitário e calendário sanitário formam um conjunto de ações determinantes para a eficiência do rebanho no ano seguinte. Concentrar partos, elevar taxas de prenhez e reduzir danos causados por parasitas são metas que dependem de organização antecipada.
Para Maratte, o momento exige visão estratégica. “Um ciclo produtivo eficiente começa agora. Quem planeja, quem adota tecnologias como a IATF e quem mantém o rebanho saudável colhe os melhores resultados lá na frente”, conclui.